1.1-ORIGEM DA PROFISSÃO
As práticas de saúde instintivas foram as primeiras formas de prestação de assistência. Num primeiro estágio da civilização, estas ações garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionistas e teológicas.Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.
1.2-ENFERMAGEM MODERNA
O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa.
Naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes.
Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.
É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia.
PERÍODO FLORENCE MARTINGALE
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias.
Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas.
Em 1849, visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1959 Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente
A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras.
Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.
PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM
Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a domicílio em New York. As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave:
A. O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro público.
B. As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação com os hospitais, mas manter sua independência financeira e administrativa.
C. Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem.
D. As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável, próximo ao hospital.
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX.
A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios.
Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal. A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina.
ANNA NERY
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes.
Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço Municipal. O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar.1-PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM
ð 1. INTRODUÇÃO
O
Processo de Trabalho em Saúde direcionado para a enfermagem indica um trabalho
profissional específico e pressupõe uma série de ações dinâmicas e
inter-relacionadas para sua realização, ou seja, indica a adoção de um
determinado método ou modo de fazer (Sistematização da Assistência de
Enfermagem), fundamentado no conhecimento técnico-científico da área.
ð 2. INSTRUMENTOS BÁSICOS DE TRABALHO EM
ENFERMAGEM
INSTRUMENTOS
BASICOS DE TRABALHO EM ENFERMAGEM é o conjunto
de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício da profissão.
Os
principais instrumentos são:
1)
Observação.
2)
Comunicação.
3)
Planejamento.
4)
Trabalho em equipe.
5) Método cientifico.
6)
Aplicação dos princípios
científicos.
7)
Destreza manual.
8)
Criatividade.
9) Avaliação.
1)
OBSERVAÇÃO
A
enfermagem, a partir de Florence Nightingale, em 19859, começou a ter um cunho
cientifico. A observação foi então valorizada, pois tornava a pratica
profissional mais que um simples cumprimento de tarefas.
A
observação é o primeiro passo para a execução de todos os cuidados de enfermagem.
Assim, fica evidente que a habilidade de observar vai decidir o sucesso ou fracasso
do processo cuidativo, pois é a observação que nos dará subsídios para a construção
deste processo.
A
observação é um dos instrumentos básicos que o profissional de enfermagem necessita
para planejar e executar uma assistência de qualidade. Pois é a partir da observação
treinada e sistematizada que esse profissional coletara dados que lhe permitirão
chegar a um diagnostico da situação que se apresenta a sua frente.
Desta
forma, observar é perceber com todos os órgãos dos sentidos, o mundo que nos
rodeia.
TIPOS DE OBSERVAÇÕES
CARACTERISTICAS
|
TIPOS DE OBSERVAÇÃO
|
Meios utilizados
|
SISTEMATICA
ASSISTEMÁTICA
|
Participação do observador
|
PARTICIPANTE
NÃO-PARTICIPANTE
|
Lugar onde se realiza
|
VIDA REAL
LABORATÓRIO
|
a)
OBSERVAÇÃO
ASSISTEMATICA
As
observações assistemáticas ou não estruturadas são aquelas que realizamos esponteamente,
sem utilizarmos meios técnicos especiais, roteiros ou perguntas especificas.
Aquilo
que caracteriza a observação assistemática “é o fato de o conhecimento ser obtido
através de uma experiência casual, sem que se tenha determinado a principio quais
os aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para
observá-los.
b)
OBSERVAÇÃO
SISTEMÁTICA
A
observação sistemática também chamada de Estruturada ou planejada é aquela que
fazemos para responder propósitos preestabelecidos , ou seja, sabemos de antemão
o quê, como e quando vamos observar.
Neste
tipo de observação, utilizaremos um roteiro ou um instrumento para coletar dados
específicos que deverão ser observados. Ex: Os roteiros de entrevista e exame físico.
c)
OBSERVAÇÃO
NÃO PARTICIPANTE
A
observação não participante o observador é um espectador. O observador toma contato
com a realidade a ser observada, mas não se integra a ela, não participa.
d)
OBSERVAÇÃO
PARTICIPANTE
A
observação participante é aquela que acontece quando o observador, propositadamente
ou não, integra-se ao grupo ou contexto que esta observando.
Nessa
situação o observador e o observado estão lado a lado, tornando-se observador
um membro do grupo, de modo a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar dentro
do sistema de referência deles.
Numa
situação de enfermagem, quando orientamos um paciente, por exemplo, a respeito
dos cuidados que ele deve ter com a incisão cirúrgica, além do cuidado (orientação
do paciente), estaremos alertas para suas dificuldades, seus valores, que podem
interferir no processo cuidativo.
e)
OBSERVAÇÃO
INDIVUAL
A
observação individual é aquela feita por uma única pessoa. Nesse caso, os dados
colhidos são decorrentes da personalidade do observador que se projeta sobre o observado.
f)
OBSERVAÇÃO
EM EQUIPE
Este
termo, observação em equipe, é utilizado quando referirmos à observação feita
por diversas pessoas e cada qual observa um aspecto da mesma situação.
g)
OBSERVAÇÃO
NA VIDA REAL
Quando
essa observação, é feita e registrada no momento em que ocorre, denomina-se
observação na vida real.
O
fato de registrar um dado simultaneamente à observação reduz a tendência que temos
em selecionar detalhes ou mesmo de esquecê-lo.
* Exemplos: As anotações de
enfermagem são um exemplo deste tipo de observação, pois são feitas no momento
que ocorre: uma intecorrência com o paciente, ao checarmos uma medicação que
foi administrada.
h)
OBSERVAÇÃO
EM LABORATORIO
A
observação em Laboratório é aquela realizada dentro de condições estabelecidas,
onde os fatores que podem interferir na ocorrência de um fato ou fenômenos
controladas.
Quando
regularmos um respirador artificial, estabelecendo limites de padrões respiratórios
que farão soar alarmes, estamos estabelecendo os fatores que desencadearão
ações de enfermagem.
2) COMUNICAÇÃO
A qualidade da assistência de
enfermagem que prestamos ao paciente pode ser diretamente influenciada pela
nossa habilidade de comunicarmos com ele.
Deste modo o uso da Comunicação
como Instrumento Básico do Enfermeiro é um meio de utilizarmos para satisfazer
as necessidades do paciente.
Mesmo
durante a administração de uma injeção intra-muscular, o processo comunicativo
está ocorrendo. Quando explicamos ao paciente o que iremos fazer e por quê,
devemos utilizar palavras que ele compreenda e observarmos suas respostas verbais
e não verbais, para sabermos o que ele entendeu, sua percepção e sentimentos a
respeito do que falamos.
A
Comunicação é um ato intrínseco ao existir humano.
FORMAS DE COMUNICAÇÃO
VERBAL
|
Falada
Escrita
|
NÃO VERBAL
|
Cinésia
Toque
Territorialidade
|
A Comunicação engloba todas as formas
que uma pessoa utiliza para poder afetar o outro.
a)
VERBAL
A forma de transmitir uma mensagem
que temos consciência é a verbal ou lingüística, e se refere à linguagem falada
ou escrita.
b)
NÃO VERBAL
Também
nos comunicamos de forma não verbal, e ela traduz aquilo que Watson chama de
“linguagem transparente do corpo”.
Quantas
vezes já ouvimos: “sim esta tudo bom !”, mas pela expressão facial de quem a
falou sabíamos que nada estava tão bom assim.
Na
forma não verbal ganha importância no processo de comunicativo, pois ela pode
suplementar uma informação verbal (completando ou rejeitando), contradizer, enfatizar,
substituir, oferecer indícios sobre emoções ou mesmo controlar ou regular um relacionamento.
b.1 - CINÉSIA
A Cinesia parte
da Ciência, que estuda o comportamento cinético do corpo, mostra-nos que se
atentarmos à postura corporal e expressões corporais de nosso interlocutor
nossa comunicação terá mais chances de torna efetiva.
As
posições e movimentos do corpo podem ser classificadas em:
-
Emblemas: Aqueles atos não verbais que traduzem uma mensagem
verbal que não pode ocorrer, como os sinais do surdo-mudo, um aceno pra quem
esta longe.
-
Ilustradores: movimentos que acompanham a fala. Demonstrações
de afeto.
- Reguladores:
movimentos sutis e inconscientes que regulam o fluxo de uma conversa.
b.2
- TOQUE
Tocar também é uma forma de
comunicação não verbal, e pode significar: atitude de nos unir ao outro, tocar
como uma maneira de perceber o outro ou relação com outro.
b.3
- TERRIRORIALIDADE OU PROXÊMICA
É uma das formas de comunicação não
verbal, e diz respeito ao espaço do além do nosso corpo que temos como nosso.
Esta distancia pode influenciar e definir o “tipo” de envolvimento e, assim, de comunicação que
queremos manter com o outro.
b..4
– PARAVERBAL OU PARALINGUISTICA
Outra
forma de comunicação é a chamada Paraverbal ou Paralinguistica.
Ela
se refere ao tom de voz, ao ritmo, suspiros, períodos de silencio e entonação
que damos a palavras quando falamos. E o seu significado é semelhante ao que
descrevemos para a comunicação não verbal.
3) PLANEJAMENTO
É
um processo intelectual porque determina conscientemente um curso de ação baseado
em objetivos, fatos e estimativas submetidas a análise.
Os
níveis de atuação do planejamento são: Planejamento estratégico, planejamento
tático e planejamento operacional.
4) TRABALHO EM
EQUIPE
O
trabalho em equipe é um requisito vital para a obtenção dos resultados, quando se
considera potencial sinérgico dos grupos: um conjunto de pessoas que tem propriedades
e qualidades coletivas que elas separadamente não manifestam.
O
trabalho em equipe então é um instrumento básico, necessário para que o profissional
de Enfermagem resgate a sua especificidade, enquanto profissão.
5) MÉTODO CIENTIFICO
Método
cientifico é um meio que conduz à formação de um corpo de conhecimento, através
da elaboração organizada e formal de uma denominada questão, com verificação e
analise dos resultados do fenômeno observado, frente aos objetivos da
investigação cientifica.
Portanto, pode-se dizer que o método
cientifico é para a enfermagem um instrumento básico para o desenvolvimento da
profissão enquanto ciência, cuja essência é o cuidar.
·
Compreensão do problema.
·
Coleta de dados.
·
Formulação de hipóteses.
·
Elaboração de um plano para testagem da
hipóteses.
·
Testagem de Hipóteses.
·
Interpretação e avaliação de resultados.
Munido
da solicitação médica, o paciente apresenta-se ao Serviço de Recepção e
Internação, o qual analisa todas as condições para efetuar a internação, bem
como a procedência com relação a seguro saúde, particular, SUS, outros
convênios e especialidades, efetuando a internação conforme critérios adotados
para cada vaso, transmitindo as informações eletrônica ou manualmente aos
demais setores envolvidos; Serviço de Nutrição e Dietética, Laboratório de Analises
Clinicas e outros, quando necessário.
6) APLICAÇÃO DOS PRINCIPIOS
CIENTIFICOS
A
caracterização de uma profissão é dada por um corpo de conhecimentos específicos
que a instrumentaliza de modo a permitir seu desempenho com independência,
competência e responsabilidade.
A utilização dos Princípios
Científicos enquanto Instrumento Básico de Enfermagem via ao embasamento da
profissão enquanto ciência, uma vez que subsidiam as ações realizadas a partir
de um “principio”, ou seja, de uma verdade desenvolvida após investigação
adequada, diferenciando-se assim das desenvolvidas empiricamente. Desta forma
compreendidos, são indispensáveis no cotidiano do profissional, pois auxiliam o
profissional da enfermagem no julgamento e adequada tomada de decisão relativos
a assistência a ser implantada a um paciente, orientando suas ações conforme as
necessidade das situações especificas assim o requerem.
7) CRIATIVIDADE
A criatividade é uma atividade
intelectual distinta da inteligência, sem graduação maior ou menor quanto ao
sexo ou raça, com intensidade variável na criança e no adulto e que não se
limita as atividades artísticas e literário, como supõe o senso comum.
A
criatividade, no entanto, não se constitui num instrumento básico que o Enfermeiro
deve utilizar somente na busca de soluções de problemas. Ele pode criar o habito
de utilizar seu potencial criativo através de associações de idéias, a partir
da reflexão diária de sua pratica, o que poderá leva-lo a surpreender-se e
criar novas alternativas em prol do desenvolvimento pessoal e profissional.
A
criatividade torna-se uma ferramenta básica do Enfermeiro na busca de resoluções
de problemas de enfermagem, o que torna seu fazer profissional mais estimulante.
8) DESTREZA
MANUAL
É
o reflexo de uma competência real, permanente e adquirida de se executar uma tarefa
e que implica o domínio que o individuo deve ter de si próprio (HABILIDADE PSICOMOTORA).
9) AVALIAÇÃO
Gomes,
considera a avaliação como um processo continuo por si só, que estabelece sua
presença durante um desenvolvimento de um programa.
ð 2. CONTEXTUALIZANDO O
TRABALHO EM SAÚDE
O trabalho pode ser caracterizado como
um processo de transformação que ocorre porque as pessoas têm necessidades que
precisam ser satisfeitas; no presente caso, necessidades de saúde. Essa
transformação se dá mediante a atividade do trabalho, realizada com o consumo
produtivo de força trabalho e a intermediação de instrumento que o agente
insere entre ele próprio e o objeto, para dirigir sua atividade a uma dada
finalidade.
A divisão do trabalho não apenas
reflete o desenvolvimento cientifico tecnológico, mas a dinâmica social das
práticas de saúde engendra subdivisões sistemáticas dos trabalhos. Esse
processo ocorreu no interior da enfermagem, dando origem ás distintas
categorias profissionais enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliares de
enfermagem, formal e regular, usualmente denominados atendentes. Assim, o
trabalho em equipe refere se á composição de diferentes processos de trabalho, constituindo
em uma rede complexa de prestação de serviços.
ð 3. PROCESSOS
ASSISTENCIAIS ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM
Tanto
a admissão do paciente como todos os demais processos envolvidos na assistência
durante sua hospitalização, até, a finalização dos serviços oferecidos
constituem-se em processos essencialmente relacionados à sistematização de
Enfermagem.
3.1
- PACIENTE
O
paciente é o elemento principal de qualquer instituição de saúde. Considera-se
paciente todo o individuo submetido a tratamento, controle especiais, exames e
observações médicas.
O paciente procura o hospital quando
atingido pela doença, cria nele angustia, inquietação, que leva a exagerar o
poder e conhecimento sobre os profissionais que o socorrem, muitas vezes
torna-se difícil o tratamento do doente, originando problemas de relacionamento
(paciente pessoal).
A
doença trás para o paciente graves consequências como:
A.
Choque
emocional, ameaça do equilíbrio psicológico do paciente, rompimento das defesas
pessoais.
B.
Obriga
ao abandono das atividades normais.
C.
Ao
recolhimento ao leito.
D.
Ao
afastamento da comunidade.
3.2 - ADMISSÃO DO PACIENTE
A admissão do paciente é
responsável pelo inicio do relacionamento do paciente e usa primeira percepção
dos serviços oferecidos, sendo portanto, um processo de alta visibilidade ao
cliente.
Ao ser admitido no hospital, espera do Médico e da Enfermagem, uma
explicação, uma palavra de conforto em relação ao seu estado de saúde. SE ISTO NÃO ACONTECE, o seu quadro
psicológico pode ser agravado, levando-o a se tornar submisso e
despersonalizado, ou então agressivo.
Após preenchimento do formulário, o
paciente é acompanhado por funcionários do Setor de Internação à unidade de
internação na qual será admitido.
CABERÁ À
ENFERMAGEM a responsabilidade por sua admissão e
acolhimento na unidade, procedendo às anotações de sua condições nessa ocasião,
abrangendo as dimensões físicas, psíquicas, emocionais e sociais, com os
objetivos de elaborar os Planos de Assistência, de Cuidados e Prescrição.
Presta também as orientações necessárias ao paciente e familiares e comunica ao
médico responsável ou outro membro da equipe sobre sua internação.
Em
casos nos quais o paciente não traga
a prescrição médica, A ENFERMAGEM
aguardará visita e prescrição para iniciar o tratamento.
* OBS1: Em caso de
procedência do Pronto Atendimento, a recepção desse serviço deverá comunicar-se
com a Internação Geral, solicitando vaga e encaminhando familiares para efetuar
a internação.
* OBS2:
Durante a permanência do paciente em tratamento, suas necessidades básicas deverão ser atendidas de forma adequada, tais
como: psicobiológica, psicossocial e psicoespiritual).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fale conosco queremos muito lhe ouvir.